sábado, 3 de março de 2018

Não há amor


Não há amor
Se houvesse amor
Não estava aqui só
Sentado nesta praia de brumas
Batida pelo mar e pelo vento norte
O tanto amor que te tenho
Tinha-te curado da morte
E estavas aqui pequena
Enrolada nos meus braços
Aninhada ao sol
A perder o olhar pelo infinito azul
Ou tinhas-me levado contigo
E o profundo nada faríamos tudo

Houvera amor
Não estaria agora a recriminar-te
Por culpas que não tens
Por me deixares remoer a dor da ausência
Morreste-me
Queria morrer contigo
Houvesse amor
O amor salvava
Não há amor.
jaime crespo

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